Uma
grande tenda usada para os cultos da Igreja Batista St. Johannes, em
Bogor, foi interditada pelas autoridades locais em 7 de agosto. Desde
2006, a congregação tem utilizado o lugar como uma alternativa
temporária enquanto aguarda autorização oficial para se mudar para o seu
próprio prédio. O pedido foi encaminhado ao governo em 2000 e, até
hoje, nenhuma resposta foi enviada.
Dace
Supriadi, chefe da Agência de Ordem Pública de Bogor, disse que a
congregação recebeu o aviso prévio de uma semana para encontrar outro
local para as reuniões de oração e acrescentou a ameaça: “Se vocês
continuarem a usar essa tenda, vamos derrubá-la”.
O
líder da igreja, Gatot Wotoseputro, declarou que não entende porquê as
autoridades decidiram fechar a igreja, mas suspeita que o motivo esteja
ligado ao crescimento da congregação, que atingiu cerca de 500 membros.
Foi
dito à igreja que a tenda utilizada não foi reconhecida como um lugar
de cultos e que havia oposição local quanto à sua presença na
comunidade. Wotoseputro disse, porém, que os vizinhos nunca levantaram
qualquer objeção contra as reuniões de oração.
Autoridades negaram que agiram contra o grupo de cristãos sob pressão de radicais islâmicos.
Autoridades negaram que agiram contra o grupo de cristãos sob pressão de radicais islâmicos.
Em julho, a igreja GBKP já havia sido fechada por causa de protestos
A ação segue o contexto dos protestos em Bandung, Java Ocidental, que em 29 de julho, conseguiram que a Igreja Protestante Batak Karo (GBKP) fosse fechada (Leia a notícia Igreja é fechada após protestos na Indonésia). Na época, manifestantes alegaram que a congregação assinou um acordo em 2011, concordando em não usar o edifício para a realização de cultos.
A ação segue o contexto dos protestos em Bandung, Java Ocidental, que em 29 de julho, conseguiram que a Igreja Protestante Batak Karo (GBKP) fosse fechada (Leia a notícia Igreja é fechada após protestos na Indonésia). Na época, manifestantes alegaram que a congregação assinou um acordo em 2011, concordando em não usar o edifício para a realização de cultos.
Em
tempo, rebeldes penduraram uma faixa na porta da igreja que dizia:
"Nós, o povo do bairro RW 06, não aceitamos o uso deste edifício para
atividades religiosas".
Representantes
da igreja GBKP, fundada em 2007, afirmaram que o documento reivincado
foi realmente assinado pela instituição em 2011; no entanto,
regularmente, eles têm recebido todas as licenças necessárias, por parte
das autoridades, permitindo-lhes manter as atividades.
Há anos, autoridades combatem o crescimento da igreja
St
Johannes e GBKP são as igrejas mais recentes da Java Ocidental a
enfrentar perseguição religiosa. A igreja GKI Yasmin tem sofrido com
situação parecida desde 2008; o prefeito de Bogor está entre os que mais
perseguem os cristãos; a congregação local foi forçada a realizar suas
atividades fora de seu edifício depois que ele, ilegalmente, proibiu
reuniões de oração naquele espaço. Recentemente, o prefeito concordou em
permitir a reabertura da igreja, desde que uma mesquita seja construída
ao lado.
A
Igreja Protestante Batak Filadélfia (HKBP) também sofre com a
hostilidade e oposição de autoridades do governo e líderes islâmicos há
muitos anos. Desde que, em janeiro de 2010, o prédio que utilizavam para
a realização dos cultos foi interditado, a igreja tem feito suas
reuniões ao ar livre ou em residências. A disputa judicial segue há três
anos, sem muitas novidades no caso. Em maio, a congregação foi atacada
duas vezes por muçulmanos que jogaram sacos de urina, esgoto, óleo, ovos
podres e pedras nos cristãos.
:: Fonte: CREIO / Projeto AMIGOS