Jerusalém, 28 set (EFE).- As cidades israelenses amanheceram desertas nesta segunda-feira, com os comércios fechados e sem um só veículo nas ruas por causa do Yom Kippur, o Dia do Perdão.
Do entardecer de domingo até a noite de segunda-feira, emissoras de rádio, cadeias de televisão nacionais estão sem programação, assim como o espaço aéreo e marítimo e as fronteiras estão fechadas.
Nem mesmo os portais de notícias da internet estão operando, na maior parte deles nem mesmo as informações são atualizadas durante as 25 horas do chamado "Sábado dos Sábados", nas quais também não estão abertas as lojas 24 horas que funcionam normalmente no restante do ano.
Pelas ruas de Jerusalém, de vez em quando uma patrulha da Polícia ou ambulância circula pausadamente, como se não quisesse perturbar o silêncio.
Os fiéis judeus dedicam Yom Kippur ao jejum e à oração, que se estende do início da noite de domingo até as 18h da hora local de hoje, (12h no horário de Brasília).
Há séculos, as pessoas respeitam o pacto de silêncio durante o período, deixando os carros nas garagens. Muitos aproveitam as estradas vazias para fazer excursões de bicicleta.
As Forças de Segurança israelenses decretaram estado de alerta no norte do país. No ano passado, ocorreram enfrentamentos na cidade de Akko, entre as comunidades judaica e árabe, um membro desta última atravessou de carro em um bairro judaico.
Em Jerusalém, as forças policiais e do Exército controlam os acessos à parte árabe onde circulam veículos e interromperam as ruas para que os residentes não possam ir à parte judia.
Nos últimos dias, dezenas de milhares de turistas judeus chegaram a Jerusalém para celebrar o Yom Kippur, orando em frente ao Muro das Lamentações, o lugar mais sagrado para o judaísmo. EFE